Levotiroxina: mais usuários insatisfeitos após alterações na fórmula
    
    
    
        
            Recentemente, no site meamedica.fr, nós observamos um aumento considerável de experiências sobre Levotiroxina. Isto foi razão suficiente para nós investigarmos!
        
            
            Por que é que existem mais experiências partilhadas, alguma coisa mudou neste medicamento?
            Durante a nossa investigação fomos confrontados com um artigo da ANSM
no qual se descrevia o que mudou neste medicamento e porquê:
- A lactose foi substituida pelo manitol e, tanto quanto é conhecido, o manitol não tem qualquer efeito na dosagem dos comprimidos, enquanto que a lactose tem. Paralelamente, as pessoas com
intolerância à lactose foram agora levadas em consideração.
- Foi adicionado ácido cítrico ao medicamento que é um excipiente usado frequentemente e que funciona também como conservante para limitar a degradação da levotiroxina ao longo do tempo.
O objetivo destas mudanças é, portanto, garantir que a substância ativa permaneça constante até ao fim data de validade e que os usuários intolerantes à lactose sintam menos sintomas.
Dois estudos bioequivalentes foram executados e ambos demonstraram que os novos excipientes não têm qualquer efeito na forma de funcionamento do medicamento.
                
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            Apesar disto, nós observamos um aumento no número de experiências negativas que foram 
partilhadas. Por quê?
            A nova variante da levotiroxina está disponível desde Abril de 2017 e tem gradualmente substituído as embalagens disponíveis no mercado.
A primeira experiência foi partilhada em meados de Abril por alguém que é intolerante à lactose. Inicialmente estava contente com esta nova variante, mas eventualmente os efeitos colaterais
tornaram-se inaceitáveis de forma a parar de tomar o medicamento.
Mais experiências foram partilhadas de Junho em diante e num número cada vez maior.
No total, desde a alteração dos excipientes, foram partilhadas 821 novas experiências.
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            Avaliação da eficácia, da quantidade de efeitos colaterais e satisfação
            As pessoas estão claramente descontentes com a eficácia e com o número de efeitos colaterais e os usuários estão frequentemente mais insatisfeitos (Tabela 1):
- No que diz respeito à versão antiga, quase 70% dos usuários indicou que o medicamento era (muito) eficaz, enquanto que a nova versão apenas tem uma taxa de aprovação de 37.1%.
- Cerca de 32% disseram que sentiram bastante ou muitos efeitos colaterais, enquanto que, com a nova versão do fármaco, essa taxa aumentou para quase 80% com a nova versão.
- O número de usuários que estão agora insatisfeitos ou mesmo muito insatisfeitos foi multiplicado por quase 2.5 (de 32.6% para 80.0% dos usuários).
Tabela 1: avaliação da eficácia, quantidade de efeitos colaterais e satisfação
    
         
        Versão antiga (n=132)
        Versão nova (n=821)
     
    
        muito eficaz / eficaz
        69,7%
        37,1%
     
    
        bastante / muitos efeitos colaterais
        31,8%
        79,8%
     
    
        muito insatisfeito / insatisfeito
        32,6%
        80,0%
     
    
 
A grande maioria indicou que tiveram problemas. As queixas mais comuns foram:   
    - cansaço (57%),
- dor de cabeça (24%),
- insônia (21%),
- aumento de peso (19%),
- palpitações (13%),
- perda de cabelo (12%),
- náusea (10%) e
- depressão (9%).
      
O que é impressionante é que estas queixas correspondem as mesmas queixas de uma tiróide com mal funcionamento e a eficácia parece também mudar.
Cada um reage de forma diferente à uma alteração na medicação: para alguns funciona melhor, para outros funciona pior. Estudos bioequivalentes parecem assim ser insuficientes para prever a eficácia.
            
    
    
    
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